segunda-feira, 30 de março de 2015

Gratidão - Meus Devaneios


Um dia após o outro
Um passo de cada vez.
É assim que pretendo ir...longe!

Antes tinha tanta pressa
Ansiava em ver as coisas acontecendo.
Hoje, enquanto o momento certo não chega,
Aproveito o intervalo para viver plenamente
Tantos os momento bons quantos os ruins.

Sim, são eles que mais me ensinam,
Guiam-me para onde quero chegar,
Mostram-me quem não devo ser.

Só por hoje quero ser feliz.
Não apenas rir a toa
Mas manter o estado de espírito em gratidão:
Por tudo que vivi, por tudo que vier.

Obrigada do fundo do meu coração.



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terça-feira, 24 de março de 2015

Retalhos Literários # 6

          Mais um Retalhos Literários diretamente do livro "A Ilha" da autora Victoria Hislop. Uma história que aborda um tema que antigamente era cercado de muito preconceito.

          Este livro vai levar você para uma pequena cidade da Grécia. Achei muito interessante justamente porque ainda não havia lido nada sobre este país.

          Segue um trecho para você se deliciar. Em breve a resenha aqui.





“Ela era a única pessoa em toda ilha, e isso a levou a enfrentar um fato: estar sozinha não significava necessariamente sentir solidão. Era possível ficar sozinha em uma multidão. A ideia lhe deu força para o que talvez tivesse de fazer ao voltar: começar sozinha a fase seguinte da própria vida”
(Pág. 27)



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quarta-feira, 18 de março de 2015

Resenha: A Casa das Orquídeas

Ficha do livro

Título: A Casa das Orquídeas

Autor: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 560









          A leitura de “A casa das orquídeas” foi um desafio para mim. Não pelos seus 60 capítulos distribuídos em 560 páginas, mas pelo gênero: romance. Não sou totalmente indiferente às histórias de amor, o fato é que a maioria delas é surreal demais para o meu gosto. Por isso me propus o desafio, ler um romance.

            Esta resenha foi a mais difícil de escrever, principalmente pelo número de acontecimentos no decorrer da trama, inúmeras reviravoltas e passagens desnecessárias. O livro podia muito bem fechar em 300 páginas, no meu ponto de vista, existem muitas histórias paralelas que não acrescentam em nada o desenrolar da história.

            Bem pelo inicio desta resenha vocês podem perceber que não gostei do livro, mas fui até o fim porque me recuso a abandonar uma leitura e também porque apesar de descontente com a história a curiosidade em saber como termina a trama foi imensa. Minha insistência em ir até a última página do livro foi também uma segunda chance a autora, vai que ela me surpreenderia no final. Mas não foi este o caso, infelizmente.

            Independente de gostar ou não, o livro desempenhou muito bem seu principal objetivo: passatempo perfeito para uma tarde intensamente quente onde não havia ânimo de sair da frente do ventilador.

            A casa das orquídeas traz várias histórias que se cruzam ao longo de gerações de uma família aristocrática da Inglaterra com tudo que um romance tem direito: amor, traição, segredos, medos, lutas, perdas e ganhos. O comportamento de cada membro da família Crawford interferiu na vida de todos ao redor, membros diretos ou não. Uma ação tomada resultou em diversas situações adversas, e muitas pessoas podem sair magoadas…

            Júlia Forrester é uma renomada pianista internacional. Após uma terrível tragédia familiar, ela volta a Londres, cidade natal onde viveu sua infância. Alicia, sua irmã, preocupada com a situação desoladora de Júlia tenta de todas as maneiras tirá-la do seu casulo de tristeza. Em uma das tentativas conseguiu convencê-la a participar do leilão que aconteceria na propriedade Wharton Park.

          A mansão sempre trouxera boas lembranças à Júlia. Ela costumava passar as férias na propriedade Crawford, onde seus avôs viviam e trabalhavam há muitos anos. Bill, seu avô, era o jardineiro da família e cultivava tipos raros de orquídeas, por este motivo a estufa sempre foi o lugar mais agradável, onde Júlia passava a maior parte do tempo ouvindo as histórias de seu querido avô.

          No leilão ela reencontra Kit Crawford, um jovem simpático, educado e muito atraente, que conheceu quando criança. Agora se tornou herdeiro da propriedade e de suas inúmeras dívidas adquiridas no decorrer dos anos. Kit e Júlia deram início a uma doce amizade, capaz de fortalecer Júlia em sua busca de aplacar a dor.

          A propriedade Crawford precisava ser vendida urgentemente por cauda de suas pendências financeiras e para isso necessitava também reformar alguns ambientes. Durante a reforma, fora encontrado um diário que relatava memórias da Segunda Guerra mundial. Kit desconfia que o objeto pertença ao avô de Júlia, já que fora achado no antigo chalé onde viviam seus avôs. Para ter certeza de quem era o verdadeiro autor do diário, ela procura a avó Elsie. A avó relata à neta revelações surpreendentes que cercam o misterioso diário de guerra.

          E assim, somos transportados para 1939, onde conhecemos Olívia, uma jovem que vivia na Índia e que retornou à Inglaterra para ser apresentada a sociedade aristocrática. Já no primeiro baile, conheceu Harry e atração entre os dois foi mútua. Mas houvera alguns desencontros para finalmente se reencontrarem e se entregarem ao casamento.

          Como todos os casamentos que aconteciam na época o enlace de Olívia e Harry fora arranjado.  Em circunstâncias com esta são inevitáveis os sentimentos não correspondidos, as decepções amorosas. E não foi diferente entre eles, que tiveram um casamento marcado por situações conturbadas. Muitos são os segredos, guardados pela família Crawford e que acabaram afetando a vida de Júlia e Kit.

          Daí por diante, caros leitores, para descobrir as conexões entre as histórias só lendo “A casa das Orquídeas”. Como havia mencionado, cumpriu o papel de me entreter numa tarde quente em São Paulo, mas infelizmente o saldo não foi satisfatório.

          Antes do final do livro o enredo toma um curso inesperado. Na minha singela opinião, uma mudança brusca que não acrescentou em nada a trama, pelo contrário, causou perplexidade nesta leitora. A partir de então ficou difícil digerir as manobras da autora em amarrar as pontas soltas de todas as histórias. Os últimos acontecimentos ocorreram em tal velocidade que parecia que Lucinda Riley queria resolver tudo num piscar de olhos.

          Mas nem tudo estava perdido, o ponto alto do livro são as passagens em que a autora nos leva a Londres, Paris e Tailândia. Confesso que viajei na narração sobre as belezas de Bangkok e a simplicidade do seu povo. Sinceramente fiquei com vontade de voar para o país e me deliciar em suas maravilhas.

          A intenção desta resenha não é desanimá-los com relação à leitura de “A casa das Orquídeas”, até mesmo porque o gosto literário é relativo, vai de cada um. Mas não podia de registrar minhas impressões sobre o livro. Se o romance é um gênero que você goste, leia o Best-Seller de Lucinda Riley e deixe aqui nos comentários a sua impressão também.







segunda-feira, 16 de março de 2015

Retalhos Literários # 5

          E o Retalhos Literários de hoje vem do livro " O homem de São Petersburgo" - Ken Follet. Já já resenha aqui!

          A intenção deste post é um só: instigar em você a leitura imediata do livro. 
          
          Beijos e até o próximo!





























“Havia alguma coisa de vagamente familiar na moça, pensou Feliks, enquanto a seguia pela praça Trafalgar. Ele tinha certeza de que nunca a observara mais atentamente, mas persistia a forte sensação de déja vu.”
(Pág. 239)



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sexta-feira, 13 de março de 2015

Minhas tardes com Marguerite (O filme) - Meus Devaneios

Filme: Minhas Tardes com Marguerite


“...Nas histórias de amor,
Não há apenas o amor.
Nunca dissemos ‘eu te amo’
No entanto, nos amamos.

Não é uma história comum,
Ela leu para mim num banco de jardim.
Deu-me muitos livros,
Que me tornaram mais vivo.
Não morra agora,
Doce senhora!
Dê-me um pouco mais ainda,
Um pouco mais da sua vida.

Nas histórias de amor
Não há apenas amor
Nunca dissemos ‘eu te amo’
No entanto, nos amamos.”

(Trecho retirado do filme: Minhas tardes com Marguerite)



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quarta-feira, 11 de março de 2015

Paraty: para mim e para você!

Paraty - RJ
Paraty é considerada Patrimônio Histórico Nacional, a bela cidade colonial ainda preserva inúmeros encantos naturais e arquitetônicos. O carnaval deste ano foi minha segunda passagem pela cidade e sem dúvida não será a última! Nesta época do ano a cidade fica repleta de turistas e em todas as noites aconteceram desfiles com direito a bateria de escola de samba e tudo.Tem também o bloco dos bonecões e um espaço reservado para quem quiser dançar ao som das marchinhas. Folia é o que não falta no carnaval de Paraty.

Bateria da Mangueira - Foto: Andréa Martins

Desfile dos bonecões - Foto: Arquivo Pessoal
Hospedar-se em Paraty é tarefa fácil. Existem muitas opções para todos os bolsos e gostos. Quanto mais perto do centro melhor, assim você não terá que encarar a árdua tarefa de encontrar uma vaga para estacionar o carro. Na primeira vez em Paraty fiquei na Pousada da Praia simples porém muito acolhedora, com café da manhã trivial mas preparado com muito cuidado. Faltou apenas o estacionamento, pois é tivemos que deixar o carro na rua...! Neste ano ficamos na Pousada Recanto da Ladeira o ponto positivo é o estacionamento, no entanto não compensou os outros dissabores...! Eu não me hospedaria novamente nesta pousada, portanto não indico a vocês.

O que fazer em Paraty?
Caminhar sem rumo pelas ruas de Paraty, é um dos melhores momentos na cidade. É como se transportar para outra época, uma viagem no tempo inesquecível.  A todo o momento você vai encontrar igrejas barrocas, lojinhas de artesanato e cachaça, ateliês de artistas, restaurantes e cafés super transados. Aproveite este passeio e registre através de fotos as particularidades desta maravilhosa cidade. Mas muito cuidado ao andar pelas ruas com suas pedras “pés-de-moleque”: caminhe devagar e pare para apreciar a beleza da cidade.

Rua de Paraty - Foto: Andréa Martins
Ande muito por todo o Centro Histórico. Entre em todas vielas e ruazinhas possíveis. As ruas, são protegidas por correntes que impedem a passagem dos carros, além de preservar o encanto colonial dá liberdade para o turista caminhar livremente, enquanto visita o variado comércio e admira toda arquitetura e as expressões culturais e artísticas muito intensas em toda a redondeza. Os detalhes das casas e casarões, conservados até pelos comerciantes é um encanto.

Artesanato em Paraty - Foto: Andréa Martins

Foto: Andréa Martins
Ir a Paraty e não navegar por suas águas cristalinas e tranquilas é inadmissível. Os passeios de escuna são ideais para conhecer as diversas praias e ilhas que cercam a cidade. Acontecem todos os dias e os barcos saem do Cais entre 9h e 12h e as maiores variam a capacidade de 50 a 200 passageiros.

Recomendamos chegar cedo para pegar o melhor lugar. A passagem do passeio incluiu frutas que são servidas durante a viagem como cortesia, boias tipo espaguete, 04 paradas que variam de acordo com o dia, música ao vivo e muita história contadas durante o trajeto.  É possível alugar máscaras para mergulhos e têm serviço de bar e restaurante à disposição durante todo passeio. Pagamos R$ 100,00 por pessoa, incluindo o almoço, bebidas e sobremesa.
Comida simples, mas bem apetitosa. Principalmente depois dos inúmeros mergulhos e braçadas para chegar até as praias. Sim! Você pode escolher nadar até a praia ou ir de bote oferecido pela embarcação. Claro que a diversão é garantida quando você tem que conciliar braços e pernas seguindo uma direção (tarefa árdua para quem não sabe nadar), mas os “espaguetes” deixam a aventura muito mais divertida. Sem contar que mergulhar naquelas águas nos traz uma sensação de paz e sintonia com a natureza indescritível. Vale muito a pena o passeio, o visual é incrível.

Passeio de Escuna - Foto; Andréa Martins


Águas Cristalinas em Paraty - Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal
A gastronomia de Paraty vai de pratos simples e tropicais aos mais sofisticados. Tudo depende do seu gosto e o quanto está disposto a gastar. Não pare no primeiro restaurante, dê uma rodada pela cidade. Tem muito barzinho e restaurante legal. O Restaurante do Netto está sempre cheio graças a sua comida saborosa e o preço acessível. Super indico! Em uma das noites em Paraty experimentamos o pastel de 30 cm no Pastelonni e já vou avisando: vá com muita fome por que o pastel é monstro...rs! Ah... No período do carnaval é possível encontrar em cada esquina barraquinhas de doces (!!!). Impossível manter a dieta.
            Outra coisa bem legal de se fazer é visitar um dos vários Alambiques ao redor de Paraty. Dados históricos afirmam que cidade produz pinga desde 1600 e já foi a região produtora de cachaça mais importante do Brasil Colônia. Nós visitamos o alambique da Pedra Branca e não podíamos deixar de levar uma cachaçinha...hehehe! Comprei a de Banana bem suave e aproveitei para levar como lembrancinhas mini-garrafas de pinga decoradas. Lindas!


Compras no Alambique Pedra Branca
Cachoeira Pedra Branca - Foto: Arquivo Pessoal
Trindade é outro lugar que você não pode deixar de visitar. Composta por três praias: a do meio, dos ranchos e a de fora possuem uma vista lindamente indescritível. A minha praia preferida é a do meio por causa das águas calmas, ideal para relaxar e mergulhar. As praias de Trindade não têm uma infraestrutura bacana é mais para o estilo pé no chão, hippie, “maresia”. Mas o visual é lindíssimo!!! Você pode conhecer a Piscina Natural, para isso pegue uma lancha que sai a todo o momento da praia do meio. Na primeira vez em Trindade fui conhecer a piscina natural, mas estava repleta de gente, muitas pedras e pouca diversão. Desta vez preferi ficar de boa na praia!

Praia do Meio em Trindade - Foto: Andréa Martins

Paraty é, sem dúvida, um lugar muito especial onde a natureza, a história, a cultura se apresentam como grandes opções de lazer e turismo. Vale muito a pena visitar uma, duas, três vezes ou mais! 
E aqui cabe um agradecimento especial à minha queridÍssIma amiga e fótografa Andréa Martins. Sem sua sensibilidade e seu olhar este post estaria incompleto!!!

Foto: Arquivo Pessoal
 Beijos e até o próximo post.



segunda-feira, 9 de março de 2015

Resenha: O Diário Roubado

Ficha do Livro

Título: O diário Roubado
Autora: Régine Deforges
Editora: BestBolso
Páginas: 137










Com uma leve dose de erotismo, o leitor se vê espiando as travessuras, os pensamentos e as coisas que tocam a alma de uma garota que gosta de outra garota...!

Homossexualismo: ainda não havia lido nada sobre o tema e foi muito interessante conhecer o relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo, principalmente sobre como estas convivem socialmente sob a redoma do preconceito. O fato é que o próprio lançamento do livro sofreu com a discriminação: lançado pela editora da própria autora, faliu após inúmeros processos por causa do tema abordado.

Narrado em primeira pessoa, Léone nos fala sobre sua bissexualidade: a parte homossexual a faz gostar de Mélie, uma garota rica, de olhos azuis e única criatura no mundo que a compreende; já a parte heterossexual se interessa por Jean-Claude, um garoto mais velho, rude e arrogante, que não gosta da atração de Léone por mulheres.

 A história começa quando a protagonista entra de férias escolares. Com tempo de sobra Léone se dedica ao que mais gosta: ler, passear com os amigos e escrever. Ela escrevia sobre seus desejos, suas vontades, suas impressões sobre as pessoas da pequena cidade no interior da França e, sim, sobre seu amor por Mélie. Sempre escrevia sobre o que pensava - um verdadeiro mix entre a realidade e a imaginação de uma garota de 15 anos.

 A tormenta da personagem tem inicio quando um dos seus cadernos é roubado por Alain, ressentido por levar um fora de Léone e amigo de Jean-Claude. Ela se desespera ao imaginar as consequências que poderá sofrer caso seus segredos sejam revelados.

 É uma história diferente, mas também igual a muitas outras: fala de amor, ódio e preconceito. Nos permite conhecer a perspectiva, em primeira pessoa de uma menina gay sobre seu amor, sobre como a sociedade reage diante desta realidade. A autora nos apresenta uma narrativa simples e confortável. Recheada de acontecimentos descritos em uma página inteira ou uma conversa que perdure por um só capítulo.

É preciso abrir a mente e conhecer o diferente sem julgar se está certo ou errado. Tudo é muito relativo. Depende da percepção de cada um. Concordando ou não se faz sempre necessário o respeito mútuo. Beijos e até o próximo post.