Titulo: O Santo Homem
Autora: Susan Trott
Editora: Best Seller
Páginas: 145
Este é o
meu livro de cabeceira, aquele que me distrai toda vez que não tenho nada novo
para ler ou me inspira quando preciso de motivação para seguir em frente. Perdi
o número de vezes que li a história do Santo
Homem, tampouco saberei dizer quantas vezes mais repetirei a leitura,
mesmo conhecendo de cor e salteado suas passagens, nunca me cansarei de ler as
lições do santo homem, as 145 páginas deste livro sempre me revelam uma nova
sensação.
O livro
conta as várias histórias que acontecem no alto de uma montanha em torno do
eremitério. Uma casa de madeira de dois andares, pintada de branco, simples
e sóbria, sem qualquer adorno. Nela vivia o monge Joe, “uma criatura pequena de
aparência indescritível”, mais conhecido como santo homem.
No início o eremitério recebia poucas pessoas, depois cada vez mais peregrinos,
todos em busca de ver o Santo Homem.
Então formou-se uma longa fila em torno da montanha. Quando a porta do
eremitério se abria, o próximo peregrino era recebido pelo santo, no entanto
até este momento o visitante não sabia quem ele era e ansiosamente dizia: "Eu vim ver o santo!".
O peregrino seguia Joe casa adentro,
em poucos minutos eles cruzavam o andar térreo e então chegavam numa porta
igual àquela por onde havia entrado. O monge abria a porta e dizia: "Adeus". O visitante desapontado
reclamava: "Mas eu vim ver o santo".
E o santo respondia com delicadeza: "Você
me viu” e às vezes acrescentava “Se você
olhar para todas as pessoas que encontrar como se elas fossem sagradas, você
será feliz”. Esta é a primeira lição...!
Em “O
Santo Homem” a história de cada peregrino revela uma verdade. Uma verdade que
pode ser sua, do seu vizinho ou do seu irmão. Desate o nó das angústias
cotidianas da vida e descubra as coisas boas que existem em cada um de nós com esta
emocionante, sensível e inspiradora obra.
Para
aguçar sua curiosidade, para que você possa se deliciar deixo uma das histórias contadas no livro, particularmente
uma das minhas preferidas.
Os Amantes
Joe
abriu a porta para os amantes, de mãos dadas como se fossem inseparáveis – Olá,
santo homem – eles o saudaram, porque os amantes, as pessoas felizes,
inerentemente boas, pareciam não ter dificuldades em reconhecê-lo. – Nós nos
conhecemos na fila - disseram – e nos apaixonamos. Não é maravilhoso? Vamos nos
casar. Já aconteceu uma coisa como essa aqui, antes?
Joe
sorriu, pois acontecia o tempo todo.
-
Você vai nos dar a sua benção?
-
Sim.
Eles
se prepararam para ajoelhar aos pés de Joe, mas ele interrompeu: - Não façam
isso. Não se curvem. Apenas olhem para mim.
Eles
olharam, desenhando nos lábios um sorriso iluminado.
- Eu
lhes desejo felicidade. Sejam bons um para o outro e para as outras pessoas.
Esforcem-se juntos. Continuem a aprender coisas sobre o mundo. Quando estiverem
lendo uma revista ou um jornal, pensem se poderia ser um romance ou uma poesia.
Percebam que vocês têm pelo menos uma hora por dia nas quais poderiam aprender
uma língua ou fazer cálculos. Usem a mente até o limite. A vida passa depressa
e, perto do final, ganha velocidade como um trem descendo uma colina. Quanto
mais vocês souberem, mais enriquecerão a si mesmos e aos outros.
-
Obrigado. Nós o faremos. Vamos tentar. Podemos pedir mais um favor? Queremos
dar ao nosso filho o seu nome. Pode nos dizer qual é?
-
Joe.
Esse
nome simples não parecia nada glorioso para dar ao filho, mas eles fariam o
melhor possível.
Todo
casal de amantes acredita que é o único que teve a sorte de se encontrar e se
apaixonar no meio da fila de pessoas, mas o santo não podia contar o número de
novos amantes que chegava à sua porta de mãos dadas: homens e mulheres, duas
mulheres ou dois homens, jovens ou velhos de idades misturadas, raça e
nacionalidades diferentes, alguns que nem podiam falar a língua do outro. Era a
fila do amor, de paixão. Ele imaginou que o mundo já estivesse bem maior por
causa dos pequenos Joes ou Jos legítimos ou adotados, todos filhos da fila.
Enquanto
olhava o casal se afastar pelo caminho, pensou que sempre se esquecia de
aconselhar os amantes a pôr as crianças cedo para dormir, de forma que pudessem
continuar seu aprendizado. Talvez devesse distribuir panfletos com alguns
conselhos esquecidos. Ele podia jogá-los do alto da montanha.
Poderia
também induzi-los a pensar como seria inspirador para os pequeninos se, quando
começassem a fazer a lição de casa, vissem os pais também fazendo a sua.
Tudo o
que Joe queria para o mundo era mais bondade menos ignorância. Este, dizia ele
aos monges, era o objetivo facilmente alcançável.”
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