quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Devaneios - Parte II


       Como havia prometido, aqui está a segunda parte da minha viagem à capital portenha. Espero que vocês se inspirem e possam se programar para conhecer esta belissima cidade: Buenos Aires!


Basílica Nuestra Señora del Pilar - Foto:Andréa Martins - Dreams



2º Dia

         Acordamos bem cedo e tomamos um café super especial no hotel. E aqui tenho que abrir outro parêntese: café da manhã no Hotel Querido!

        Quanto carinho, quanto cuidado! Em cada mesa estavam dispostas garrafinhas de suco de laranja. Achei super charmoso, um mimo. Salada de frutas preparada na hora, frios e as tradicionais "medialunas", um tipo de croissant sem recheio e para deixar mais saboroso mergulhávamos em "dulce de leche". Simplesmente delicioso!!! Eu super indico.



Café da manhã no Hotel Querido - Foto: Andréa Martins - Dreams
         Depois do maravilhoso desjejum (rs!) partimos para os Bosques de Palermo, mas precisamente no  Parque Rosedal. Nossa intenção era conhecer grande parte do bosque como o Jardim Japonês e o Planetário, mas foi impossível deixar de desfrutar cada canto do Rosedal. Não fui capaz de explicar com palavras como é estar neste lugar: rosas para todos os cantos que se olhe e o perfume...! Lugar mágico, lindo e exuberante. Diante de todos estes adjetivos passamos a manhã inteira nos deliciando com este paraíso.


Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Andréa Martins - Dreams
          Minha queridíssima amiga e também fotógrafa, Andréa Martins, registrou este e outros momentos em Buenos Aires. Ela traduziu sua sensação e emoção ao pisar neste lindo lugar: "Chegar ao Parque Rosedal em Buenos Aires foi simplesmente o momento mais emocionante de tudo o que vivi. Que perfume! O melhor de todos...o cheiro que eu queria sentir, do verde das árvores e da grama, o colorido das rosas belíssimas. Lembranças, respostas, reconhecimento, paz, felicidade, gratidão e muitas fotos!"
     
Foto: Andréa Martins - Dreams
Foto: Andréa Martins - Dreams

Foto: Andréa Martins - Dreams




Foto: Andréa Martins - Dreams

Foto: Andréa Martins - Dreams

           
Quando finalmente conseguimos partir do "Paseo El Rosedal" fomos a procura de um restaurante para recobrar as forças e voltar a realidade depois de um sonho lindo. 
 .
          E falando em restaurante, não é mito o que falam da carne argentina: super macia, quase se desmancha e muito, muito saborosa. Além de que é bem barato comer em Buenos Aires, apenas tenha em mãos um dicionário para traduzir o menu, a maioria dos garçons por lá não tem muito tato e facilidade em explicar que prato é aquele que você se interessou...hahaha!

Andréa Martins em Restaurante Scuzi....Que delícia! Foto: Arquivo Pessoal

Restaurante Scuzi  - Foto: Andréa Martins - Dreams

         Caminhando pelas ruas de Palermo nos deparamos com Restaurante Scuzi, ambiente moderno e clean, refeição maravilhosa e farta. E o vinho...Ô vinho!  Não se esqueçam, visitem o Parque Rosedal, Jardim Japonês e matem sua fome no Scuzi.

          Depois da comilança farta, partimos para a sobremesa. E quê sobremesa. Antes de viajarmos,  lemos muito sobre o famoso sorvete Fredo e claro estávamos ansiosas para experimentar. Outra super delícia de Buenos Aires que você não pode deixar de saborear quando for visitar a cidade. Embora que, qualquer sorvete de Buenos Aires é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O. Vai por mim...(rs!)

          Seguimos para nossa próxima parada: Floralis Genérica uma gigante obra de arte em formato de flor localizada na Plaza de las Naciones Unidas, bem ao lado da Faculdade de Direito, na Recoleta. A escultura metálica é espetacular, ela possui um sistema elétrico que faz com que as pétalas se abram ao amanhecer e se fecham quando a noite chega. Rende boas fotos. 

Floralis Genérica - Foto: Andréa Martins - Dreams

          Passeando pelas ruas da recoleta chegamos ao cemitério um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires...isso mesmo! O lugar é famoso por que lá estão sepultadas algumas personalidades da Argentina, como Evita Perón. Além disso a maior parte dos túmulos são verdadeiras obras de arte. Uma curiosidade do "Cemitério de la Recoleta": os caixões não são enterrados, eles ficam acima da terra dentro dos mausoléus e podem ser vistos pelos visitantes. É estranho, mas vale para conhecer.

Cemitério Recoleta - Foto: Arquivo Pessoal

       E assim foi nosso 2º dia em Buenos Aires. O sonho virou realidade...tão boa esta sensação. Mas não acabou por aqui, semana que vem tem mais. Espero vocês. Beijos!



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Caminhada - Meus Devaneios


Caminhe e não olhe para trás,
Eles estarão lá, incentivando-a a voltar.

Caminhe e leve consigo sua bagagem:
Suas dores e alegrias. Seus amores e fotografias.

Caminhe, não pare de caminhar.
Seus pés também bombeiam a seiva da vida.

E a vida segue,
Numa caminhada infinita.
A busca pela felicidade,
Na arte de seguir em frente.






terça-feira, 25 de novembro de 2014

Resenha: A improvavel jornada de Harold Fry

Ficha do livro


Título: A improvável Jornada de Harold Fry
Autor: Rachel Joyce
Editora: Suma
Páginas: 243 



          

          




          
          Harold Fry um sexagenário aposentado, recebeu uma carta da ex-colega de trabalho Queenie Hennessy, na mensagem ela dizia que, devido um câncer, passaria seus últimos dias numa casa de repouso. Havia 20 anos que Fry vira Queenie pela última vez e se lembrava dela com carinho. Por isso decidiu responder a carta da amiga e a caminho dos correios, tomado por um impulso, ele resolveu fazer uma peregrinação e entregar pessoalmente sua resposta à Queenie.

          Harold acredita que de alguma forma sua peregrinação vai ajudar Queenie a sobreviver, ele só tem que continuar andando enquanto ela continua lutando. Durante a caminhada, ele encontrará pessoas que o relembrarão de seus sonhos, dos seus erros e, acima de tudo, esta jornada vai deixar uma trilha de pessoas que lhe darão forças para seguir em frente, provando que a fé pode ser o melhor remédio.

               Na verdade Harold Fry estava insatisfeito com sua vida – presente e passado – e sentiu que precisava fazer alguma coisa que desse sentido a ela. O que ele não podia imaginar é o quanto a jornada transformaria sua vida, fazendo o refletir sobre os acontecimentos marcantes da sua vida desde a infância até aquele momento.

            "A improvável Jornada de Harold Fry" fala principalmente de amor e perdão, dor e solidão. Nos faz refletir sobre grandes e pequenos acontecimentos da vida e como lidamos com cada um deles. Muitas vezes nos esquecemos como a vida pode ser curta e o quanto aproveitamos dela enquanto vivos.

        Apesar da bela mensagem, do título encantador a jornada de Harold não me conquistou. A construção da história foi cansativa e entediante. Foi pobre em fatos interessantes ou reveladores, uma narrativa nada cativante.

          Geralmente devoro livros em questão de dias, mas este levou algumas semanas para terminar. O livro recebeu muitas críticas positivas, sabemos muito bem o quão relativo pode ser o gosto literário, por isso talvez o que eu não goste você possa amar. Ao menos o final do livro valeu por ter persistido até a última página.

         Pelo título e pela capa o livro prometia uma boa história, mas na verdade a leitura para mim foi entediante.

         Mas se você se interessou pela resenha não deixe de ler o livro, deixe sua opinião nos comentários, principalmente ser for diferente da minha. 



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Desvaneios - Parte I



Buenos Aires - Foto; Dreams
          "Depois que você faz sua primeira viagem ao exterior, não quer mais parar". Todo mundo me dizia isto, mas não acreditava. Até que depois da minha primeira viagem ao exterior, a vontade de conhecer outros países só cresceu. Não que o Brasil não tenha lugares maravilhosos, têm muitos lugares por aqui que quero visitar. Mas não tem como negar o quão rica é uma viagem internacional: costumes, idioma, diferenças culturais, jeito de vestir... Nossa, a lista é longa!

          Sempre tive curiosidade em conhecer uma cidade latino americana e Buenos Aires foi a escolhida. Uma amiga já havia visitado a capital portenha e seus comentários me encantaram. Por tudo isso precisava voar até lá e conferir de pertinho a belíssima Buenos Aires. Convido vocês a conhecerem comigo, vamos lá? 


Preparativos

          Partimos no dia 15 de outubro e retornamos no dia 19. O período foi curto e corrido, aconselho para quem pretende visitar a cidade se programar para pelos menos 7 dias. Assim você poderá saborear cada preciosidade que Buenos Aires tem a oferecer. Minha intenção é voltar para aproveitar mais e assim conhecer lugares além dos pontos turísticos badalados.

          A principal preocupação, além do que levar na mala, foi qual moeda levar? Como todos sabem o país passa por uma crise séria e a moeda no país (peso) está muito desvalorizada. Fizemos muitas, muitas e muitas pesquisas na internet. Decidimos então levar dólares e reais já que são bem aceitos na cidade. Lá trocamos pesos com o pessoal do hotel, mas você pode trocar no próprio aeroporto - Banco Nación - que fazem câmbio à cotação oficial. Não aconselho trocar moedas em lugares sem referência, existem muitos oportunistas tanto para vender por uma cotação menor quanto para trocar por notas falsas. Muita atenção!

          Outro item essencial é a calculadora (que pode ser do celular). Estávamos operando com três moedas e antes de comprar qualquer coisa é interessante fazer as contas e analisar se a compra realmente vale a pena.

          Para viajar para Buenos Aires não é preciso passaporte, pois o RG vale para entrar no país, mas precisar estar em boas condições, de preferência com foto recente. Ao dar entrada com o RG, você receberá um documento de permanência no país. Guarde-o com muito cuidado por que você precisará dele para sair da Argentina.


Onde ficamos



Recepção Hotel Querido - Foto: Dreams


          Nas nossas pesquisas pela internet o bairro da Recoleta era o mais indicado já o centro da cidade o menos indicado. Ficamos na aconchegante Villa Crespo, pronuncia-se "bitcha crespo", e nos hospedamos no Hotel QueridoAlém do hotel ser super charmoso, sua equipe super simpática e atenciosa, o atendimento é todo em Português!!! Confesso que foi o principal motivo de nos hospedarmos lá, mas desde o primeiro momento até o embarque final não tivemos motivos de nos arrependermos da nossa estadia.



          O bairro guarda a essência tipicamente portenha e abriga os famosos outlets de grandes marcas, além de cafés charmosos e ótimos restaurantes. O hotel está a 8 quadras (10 minutos de caminhada) de Palermo Soho, o bairro badalado da moda em Buenos Aires, que oferece a melhor gastronomia e as lojas mais interessantes da cidade.



1º Dia

          Já no dia do nosso embarque programamos conhecer a 
Milonga Maldita. Ao invés de um show convencional de tango, preferimos apreciar como os argentinos de carne e osso dançam a sensual e belíssima dança. E mais uma vez não nos arrependemos.

          Antes de qualquer coisa, um parêntese: táxis em Buenos Aires.

        É muito fácil e barato andar de táxi na cidade, mas é bom prestar atenção a alguns detalhes para não passar nenhum apuro:

- chame apenas por táxis vinculados à alguma empresa (geralmente possuem luminosos no teto ou propagadas nas laterais do carro);
- tenha sempre notas trocadas de 10 e 20 pesos (para não ter sua nota de 100 trocada por uma de 10);
- dê o endereço incluindo as ruas transversais ( "Juan Velasco" com "Thames");

          O hotel Querido indica taxistas parceiros para fazer o traslado do Aeroporto/Hotel por um preço fechado previamente. Vale a pena. Já optando por taxistas sem referência você poderá pagar bem caro pelo trajeto.

          Voltando à Milonga Maldita. O lugar é bem simples, porém a diversão é garantida. Chegamos por volta das 21hs no local, que é o horário em que começa a aula de tango!!! Forma-se um círculo e os professores passam as instruções básicas sobre a dança, em espanhol. 
Descobrimos uma "infiltrada" brasileira no grupo que auxiliava os principiantes tupiniquins em português. 

          A aula foi muita divertida! Depois das instruções básicas, os professores solicitavam que formássemos pares e praticássemos o aprendizado. Foi hilário! Há quem dançasse bem, mas também quem não dançava nada (tipo eu!) o que rendeu muitas risadas. Dancei com alemão, argentino, canadense e um holandês...gostei muito! Recomendo.

          Depois do curso básico o espaço é liberado para os casais dançarem tango ao som da orquestra "El Afronte" (no final do post tem vídeo com trecho do show). Vou contar para vocês o show é espetacular. Impressionei-me com a banda que tocava divinamente bem, fazendo com que a música tocasse nossa alma. Maravilhoso
! Vale muito a pena assistir ao espetáculo.



Tango na Milonga Maldita - Foto: Arquivo Pessoal
          O tango é uma dança onde a sensualidade, o drama e a paixão dão o tom: corpo no corpo, rosto no rosto, semblantes profundos, mas sem vulgaridade. Fiquei impressionada com o modo que os casais "normais" se envolvem durante a dança. Me deu até vontade de aprender a dançar tango, mas isso é outra história (rs!). 

          Uma curiosidade: os casais trocam de pares e dançam com a mesma profundidade, não  ciúmes ou mão boba. As pessoas estavam lá para se divertirem, para se embalarem ao som contagiante da orquestra. Lindo de se ver!

          Se você for aprender a dançar tango na Milonga Maldita não deixe de experimentar a empanada napolitana como uma bela taça de vinho. Acredite a diversão vai ser mais que garantida (rs!). Digo isso por que o vinho de lá sobe com uma rapidez...! Mas é deliciosamente gostoso. O primeiro gole desce esquisito, mas logo você se acostuma ao paladar e pode saborear melhor. Amei minha primeira noite em Buenos Aires!


          Então é isso, ai está a primeira parte da minha viagem para Buenos Aires. Tive que dividir o post, se não ficaria enorme! A segunda parte será publicada na próxima semana. Não percam!


         Espero que tenham gostado. Beijos!





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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Resenha: Conspiração Franciscana

Ficha do Livro

Título: Conspiração Franciscana

Autor: John Sack
Editora: Arqueiro
Paginas: 440












    







           CONSPIRAÇÃO foi o que me incitou a ler este livro. Esta palavra exerce certo fascínio sobre mim. A ideia de um plano contra algo ou alguém e todas as maquinações para colocá-lo em prática aguçam fortemente minha curiosidade (espero que a de vocês também depois de ler a resenha...rs!)

          Mas vamos ao que interessa: os acontecimentos sucedem morosamente neste romance. Por alguns capítulos acreditei que a leitura não teria fim, mas na segunda parte do livro as peças começaram a ser encaixar...!

          O livro sugere que a igreja católica encobre um fato capaz de abalar para sempre a fé em São Francisco. E começa com o sequestro dos restos mortais do Santo por um grupo secreto, denominado de "Fraternidade da tumba”. Mas o que a fraternidade temia? O que poderia estremecer os alicerces da igreja católica? Em Conspiração Franciscana estas e outras perguntas serão respondidas.

          Frei Conrad de Offida - eremita da facção espiritual - vivia recluso nas montanhas quando recebeu uma estranha mensagem de seu amigo e mestre Frei Léo - companheiro inseparável de São Francisco. O pergaminho mencionava fatos misteriosos sobre a vida e morte do Santo. Intrigado com o fato, o frei abandona seu retiro e segue rumo a Itália para desvendar a misteriosa mensagem.

          A investigação do eremita provoca o descontentamento dos altos membros do clero que não medem esforços para protegerem o segredo. Conrad se depara então com uma igreja distante dos preceitos da ordem franciscana: "viver no santo evangelho”. Para desvendar o mistério ele colocará em risco sua vida, suas crenças e até mesmo sua fé.

      A busca do frei pela verdade é o tema central, mas o livro foca também nas transformações de cada personagem. Amata é uma jovem com o passado obscuro, surge no caminho do eremita disposta a ajudá-lo a desvendar o mistério que cerca a vida de São Francisco. Orfeo di Bernadone, sobrinho do Santo, prefere viver em alto mar e negociando mercadorias em terras distantes do que conviver com seu próprio pai.  Jacopone um atormentado cristão que perdeu a paz depois da morte de sua amada.  Suas histórias e dramas pessoais se cruzam revelando conexões surpreendentes.  A construção dos personagens é rica e pretensiosa pois nos envolve e nos faz torcer por um final feliz para cada um deles...!

          Este romance histórico foi inspirado na pesquisa realizada pelo autor sobre a vida adulta de São Francisco, ele cita personagens que realmente viveram na Itália no século XIII. Por isso além da viagem na leitura, o leitor também é presenteado com fatos históricos que enriquecem seus conhecimentos. E...conhecimento nunca é demais!

          Beijos e até o próximo post.





domingo, 9 de novembro de 2014

Resenha: Inferno



Ficha do livro


Titulo: Inferno
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Páginas: 409













          Quem já leu os livros de Dan Brown sabe que o autor costuma seguir a mesma forma roteirizada em seus trabalhos: começa com um crime, há muitas cenas rápidas, tem cortes que motivam o leitor a continuar lendo e uma narrativa detalhista no que se refere aos cenários históricos.

          Inferno traz de volta Robert Langdon que acorda dentro de um hospital e não tem a menor ideia do que aconteceu com ele, já que não se recorda dos últimos 3 dias da sua vida. Langdon está com um ferimento na cabeça e alguém está tentando matá-lo. Com a ajuda da bela médica Sienna Brooks, tenta fugir do seu possível executor e descobrir o que se passou nas últimas 36 horas da sua vida.

          O enredo viaja por Florença, Veneza e Istambul onde Robert e Sienna visitam vários lugares a fim de desvendar a sinistra mensagem de um estranho objeto encontrado no paletó Harris Tweed do professor. O misterioso recado faz referência direta à obra Divina Comédia de Dante Alighieri e remete ao problema da superpopulação mundial. Temos ai todos os ingredientes para uma trama eletrizante, certo? Não no meu ponto de vista.

          O livro prende a atenção e cumpre seu dever de casa, mas não é envolvente além de não ter sido escrito com o mesmo cuidado que as outras obras do autor. Inferno tem excesso de descrições históricas, algumas delas em plena cena de ação. Os detalhes são importantes para embasar as pistas encontradas por Robert, mas o excesso compromete a trama tornando-a cansativa e induzindo o leitor a pular os parágrafos. 

          Outro detalhe que me desagradou foi a justificativa para a incluir Langdon no enredo. Ele como professor de artes e o "melhor simbologista da atualidade" envolvido numa trama que engloba o transumanismo, superpopulação mundial, engenharia genética...para mim foi meio forçado.

          Admito que achei muito interessante o debate sobre o crescimento populacional desacelerado e suas implicações para o futuro da humanidade, principalmente por que, atualmente, alguns países da África estão sofrendo grandes perdas por causa do Ebola, confesso que minha mente divagou muito nestas passagens...! Outro ponto positivo foram as referências históricas introduzidas no enredo. Dan Brown aguçou minha curiosidade com as descrições do Mapa do Inferno de Botticelli e dos Portões do Paraíso tanto que pesquisei na internet para visualizar tais obras. Uma proeza já que não tenho muito paciência para obras de arte...rs!


          E você já leu o Inferno de Dan Brown? Gostou? Não gostou? Tem opinião diferente? Deixe seu comentário. Espero sua participação. 


          Beijos e até o próximo post.





domingo, 2 de novembro de 2014

Livro livre CPTM: milhares de livros distribuídos nas estações


      Depois de um recesso forçado (notebook em manutenção) nada melhor voltar a escrever no blog falando sobre um projeto bem bacana: Livro Livre CPTM – programa de incentivo a leitura – que aconteceu entre os dias 28 e 31 de outubro nas estações  Brás, Braz Cubas, Estudantes, Jundiapeba, Mogi das Cruzes, Osasco, Palmeiras – Barra Funda, Rio Grande da Serra e na estação Luz onde pude participar.

        O projeto propõe estimular a leitura com a seguinte proposta: o usuário adquire o livro nas estações participantes e depois de ler o devolve em qualquer estação para que outro usuário possa desfrutar da mesma leitura. Conversando com um dos apoiadores, ele me sugeriu que além de devolver o empréstimo poderia disponibilizar outro exemplar para ampliar ainda mais a quantidade de livros distribuídos.  Gostei!

          Além da distribuição de livros, o projeto conta também com atividades lúdicas e culturais, encontros de autores e editores. Nesta edição estiveram presentes os autores Maurício Paraguassú, Vânia Clares, Sidney Leal entre outros.

          Foi uma agradável surpresa, ao sair da estação Luz e me deparar com a montagem do projeto: as estantes, os banquinhos de papelão todos construídos com materiais reutilizados. Havia uma árvore em que as pessoas escreviam, em papel formato de folha, qual seria o título do livro de sua vida ou citar um livro marcante. Uma senhora muito simples ao meu lado falou alto: “o livro da minha vida? Escreva ai moço Vidas Secas”. 

Foto tirada durante a montagem do programa
         Outro fato marcante foi aglomeração de pessoas em torno das estantes pouquíssimo tempo depois que a montagem havia terminado. Me fez lembrar de uma frase clichê que ouvimos por aí: “brasileiro não gosta de ler”. Pode ser que uma parcela das pessoas deste país talvez não gostem mesmo de ler ou ainda não se renderam à magia do livro. No entanto, considerando este projeto da CPTM e até a multidão de gente que visitou a última edição Bienal do Livro, será mesmo que o brasileiro não gosta de ler? Acredito que gosta sim e muito!!!


Será que o brasileiro não gosta de ler?
          Como era de se esperar, voltei para casa como o meu exemplar: “Um ano de histórias” da autora Márcia Kupstas. Um calendário literário, para cada mês do ano uma historia de amor, amizade, ciúme, inveja e humor que faz referência a uma data comemorativa. Assim que terminar de ler pretendo devolver juntamente com outro livro...vamos engrossar o caldo literário...rs!

        Nunca é demais dizer que o projeto só dará certo se as pessoas repassarem o exemplar lido para que outras possam “viajar na história”. Então se você estiver andando de trem e encontrar um livro dando bobeira, pode começar lê-lo ali mesmo mas não se esqueça de  devolvê-lo, ok?

        O projeto Livro Livre CPTM acontece desde 2006 e já foram distribuíidos mais de 114 mil exemplares. Quem quiser contribuir com a iniciativa, as doações devem ser feitas nas estações de trem. Todas os livros doados serão organizados pela Biblioteca Mario Covas - CPTM