terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Devaneios - Última parte

          Demorei para postar o último dia em Buenos Aires, mas como vocês devem saber, dezembro é um mês agitado: muitas confraternizações, compras de última hora, preparativos para a festa. Enfim demorei mas voltei trazendo para vocês a nossa despedida da linda capital portenha.

4º Dia


         No nosso último dia em Buenos Aires, já com gostinho de quero mais, nos dedicamos a conhecer o bairro Villa Crespo no qual ficamos hospedadas. Não é uma região com pontos turísticos conhecidos mas está repleta de lojas de grifes nacionais e internacionais. O bacana aqui é justamente andar pelas ruas e fuçar as lojas. Percorremos por várias ruas, encontramos muitas lojas de roupas e de calçados, mas não compramos nada até chegarmos na Rua Gurruchaga, foi inevitável não gastar...rs! 



          Depois do almoço, seguimos para a Feira da Recoleta - a maior feira de artesanato em Buenos Aires - e o melhor lugar para comprar lembranças. Lá encontramos trabalhos incríveis e variados. Curtimos muito uma barraca que vende bichinhos e objetos de madeira de encaixar, como miniquebra-cabeças. Havia uma Arca de Noé em 3 tamanhos diferentes e os animais se encaixavam na arca. Um trabalho incrível!


Feira de Artesanato na Recoleta - Foto: Andréa Martins - Dreams

         Perambulando pelas ruas nos deparamos com o Hard Rock Café argentino e paramos para umas fotinhos.



Foto: Andréa Martins - Dreams

         Com o cair da tarde, foi inevitável não pensar que estava chegando a hora de partir. Voltamos ao hotel e iniciamos a parte mais dificil da viagem, refazer a mala. Não somente refazê-la, mas fazer com que tudo que compramos coubesse lá dentro. Confesso que detesto fazer e desfazer malas...! 



Foto: Andréa Martins - Dreams


       Então é isso, essas são minhas impressões, sensações e algumas dicas de Buenos Aires. Espero que vocês curtam! Beijos 


sábado, 20 de dezembro de 2014

Um livro, Café e Você - Meus devaneios




Um livro,
Uma xícara de café.
Seria perfeito,
Se não faltasse você.

Seu cheiro,
Ainda o sinto nesta sala.
Do seu toque
Que mais falta sinto.

Mas preciso foi
Você ter que partir.
Já não mais era eu
Com você comigo.

Fica a saudade,
As boas risadas
E o doce sabor de goiabada.
Não há sofrimentos,
Tampouco arrependimentos.
Apenas a lembrança
Dos bons momentos.

Sentada nesta varanda
Com meu livro preferido
E o café a esfriar,
Não há dúvida de que agora




terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Resenha: O Carrasco que era santo


Ficha do livro

Título: O Carrasco que era santo
Autor: Josué Montello
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 100













          Foi assim que o autor imaginou a tia Bilu: baixinha, de olhos muito vivos, voz suave e bem vestida. Uma boa senhora com o gosto de entreter os sobrinhos com histórias infantis. Num belo dia, em que tanto se falava de pena de morte como remédio contra a violência do mundo, tia Bilu lembrou-se de Frei Ludgero o santo que se tornou carrasco. A partir dai a história se desenrola e a encantadora Bilu embeleza o enredo, que a princípio nos parece uma trágica ficção infanto juvenil, mas na verdade nos emociona, diverte e nos faz refletir sobre nossa fé.

        Uma leitura simples, voltada ao público jovem, mas que encanta igualmente aos adultos pela criatividade, imaginação e personagens impressionantes. O autor costura os fatos de maneira graciosa e lúdica.

         Frei Ludgero foi abandonado num convento e lá viveu até os catorze anos. Nesta época conheceu o circo e se encantou com o que viu. Então quando o circo partiu Ludgero partiu com ele. O santo permaneceu no circo por dez anos e lá aprendeu de tudo, tanto que substituía qualquer um dos artistas: trapezista, mágico e até mesmo o palhaço.

          Porém o chamado divino nunca se calou em seu coração e então, mais uma vez ele partiu, desta vez do circo. O frei seguia pela estrada, caminhando sem destino, eis que entra em cena o personagem mais encantador do livro, Miudinho um cachorrinho preto muito vivo e inteligente que o ”fez voltar ao caminho de Deus”, disso Ludgero não tinha dúvida.

          Mas então o carrasco do reino, onde vivia o Santo, morreu. Segundo as ordenações do reino, o filho do carrasco assumiria o cargo, porém o filho mais velho do carrasco ainda era um garoto.  Neste caso, ainda segundo as ordenações, na impossibilidade para a designação do novo carrasco, as funções passarão a ser exercidas pelo capelão da cadeia: Frei Ludgero!

          Surpresas agradáveis, personagens encantadores, fatos, mistérios intrigas e muito mais é o que vocês irão encontrar nesta leitura deliciosa. Uma história que nos faz viver outras emoções e experiências, além de dar mais vida ao mundo ao nosso redor.


Esta tia Bilu...
               Baixinha, de olhinhos muito vivos, voz suave, sempre bem vestida, e ainda bonita, foi ela quem me contou, quando eu era menino, as mais belas histórias que me ficaram na lembrança.
               Houve um dia – não posso precisar a data, mas presumo que eu andava pelos oitos, nove anos – em que meu gosto de contar histórias como que se aprimorou ainda mais.
               Pegou-me pela mão, levou-me para um canto da varanda, na hora suave do cair da tarde, assim que acabei de preparar meus deveres escolares para as aulas do dia seguinte. Fez-me sentar ao seu lado, no gostoso balanço entre samambaias-choronas, e preveniu-me:
               - Não te espantes com o que vou te contar. Hoje, vais ouvir a história do carrasco que era santo. Fala-se tanto em pena de morte, que me lembrei de te falar de Frei Ludgero.
               Dei um pulo no balanço, como se uma mola, dentro de mim, me atirasse para cima, e de pé, em frente de tia Bilu, perguntei-lhe, ainda com os olhos aumentados pelo espanto:
               - E o carrasco era um frade?
               Tia Bilu confirmou com a cabeça, sempre de carinha contente.
               E acrescentou:
               - Sim, sim. Isso mesmo.
               E eu ainda desconfiado, como se tia Bilu, pela primeira vez na vida, estivesse a me dizer um disparate:
               - Um frade que matava os condenados, na praça pública, diante do povo? – indaguei, com um resto de dúvida.
               Ela riu alto, com aquele risinho bom que lhe cavava duas covinhas nas bochechas bem cuidadas, e confirmou:
               - Isso mesmo.”


          




quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Devaneios - Parte III


Caminito - Foto: Arquivo Pessoal

3º Dia

          Rumamos para o Caminito no famoso bairro La Boca. A rua é conhecida pelas suas casinhas coloridas e estava repleta de turistas. Havia muitos artistas de rua expondo seus trabalhos, quadros com casais dançando tango e esculturas de ferro. Encontramos também casais de dançarinos de tango, todos bem produzidos afim de ganhar um troco tirando fotos com os turistas. Eles são muitos insistentes e abusados te puxam pelo braço e forçam uma situação. Não gostei.


Artesanato Caminito - Foto: Andréa Martins - Dreams


Artesanato Caminito - Foto: Andréa Martins - Dreams



Tango no Caminito - Foto: Dreams


        A outra rua principal do Caminito tinha vários restaurantes, cafés, lojas de artesanato e souvenires. Li em algum lugar que ou você ama visitar o Caminito ou odeia. Na minha opinião nem um nem outro. Simplesmente foi interessante conhecer, tirar fotos mas não é um lugar que voltaria uma segunda vez. Ao visitar a rua, muito cuidado com seus pertences e procure não se distanciar ou andar por rua desertas. Só por precaução.


San Telmo - Foto: Dreams


San Telmo - Foto: Andréa Martins - Dreams


          Deixamos o Caminito para trás e saímos em busca da estatua da Mafalda que fica em San Telmo. Acabamos por informar o taxista de maneira incorreta e descemos muito longe de onde se localizava a estatua. Andamos muito para encontrá-la, mas foi uma caminhada surpreendente. O bairro é super charmoso e bonito. Na minha opinião é o que mais se identifica com a cidade portenha acho que por causa do ar boêmio, pelas casas coloniais.

          Por fim encontramos nossa anfitriã, com seu ar contestador sentada em um banco na esquina da rua Chile com Defensa. Porém ela não estava sozinha, ganhou a companhia de Susanita e Manolito no dia em que completou 50 anos.





Mafalda, Susanita e Manolito em San Telmo - Foto: Andréa Martins - Dreams


     
     É muito disputado tirar foto com a pequerrucha, mas também é bem divertido por que os turistas acabam tirando foto uns para os outros, esperam pacientemente sua vez, tudo bem democrático.

          Parada para matar a fome. Almoçamos ali mesmo na rua Chile no Aquí me quedo - comida mexicana. As porções dão tranquilamente para duas pessoas, mas como não sabíamos disso pedimos dois pratos diferentes e levamos algum tempo para devorá-los...rs! Barriguinha cheia, continuamos caminhando pelas ruas de San Telmo e depois partimos para nosso próximo ponto turístico.





Puerto Madero - Foto; Arquivo pessoal


 
         Sofisticado, elegante e moderno este é Puerto Madero. Lá encontramos a "Puente de La Mujer, a Fragata Sarmiento - onde pudemos visitar por alguns minutos - e arranhas-céus incríveis. Ficamos pouco tempo, mas compensou cada minuto. Principalmente por que estava anoitecendo e assim podemos apreciar uma belissimo cair da noite.




Ponte da Mulher - Foto: Andréa Martins - Dreams


Fragata Sarmiento - Foto; Arquivo Pessoal


          E para terminar este delicioso dia em Buenos Aires, saboreamos uma pasta maravilhosa no Punta Serrano onde tivemos a sorte de sermos muito bem atendidas pelo garçom mais atencioso e paciente de toda nossa estadia na cidade. Ah! Antes do prato, nos deliciamos com um pão de cebola hummmm!!!




Restaurante Punta Serrano - Foto: Andréa Martins - Drems


          Está quase acabando, semana que vem nosso último dia em Buenos Aires...já estou com saudade!!! Até o próximo post. Beijos!


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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Resenha: Marina

Ficha do Livro

Título: Marina
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma
Paginas: 189













         Acredite quando escrevo que Marina é um livro que vai te conquistar desde a primeira linha até o último ponto final. E o que afirmo não é exagero da minha parte, é a mais pura verdade.

Zafón me prendeu do inicio ao fim e mais uma vez me cativou e encantou de maneira surpreendente. O autor tem o dom de fazer com que as palavras se transformem em cenas realistas, bem ali na sua frente. Incrível. Para mim Carlos Ruiz Zafón é um dos mais completos autores que já li.

O livro tem várias facetas, no começo da leitura você vai acreditar que se trata de um belo romance, num outro momento, nas cenas de suspense, o clima transfigura-se e você pode ter a sensação de que uma nuvem escura tomou conta do ambiente.  Logo em seguida a trama se reverte numa aventura eletrizante, para finalmente chegar à parte mais comovente do livro, o momento em que as lágrimas simplesmente caem e você se vê apaixonado pela história de Marina.

Óscar Drai tem 15 anos e estuda em um internato na Barcelona dos anos 80. Um garoto curioso que vive em busca de aventuras. Então todas as noites ele foge do internato para conhecer as ruas do bairro. Até que numa noite, atraído por uma bela música, ele entra em um casarão, que a principio parecia abandonado. Dentro do imóvel, ele se encanta pelos quadros e por um relógio de ouro, mas repentinamente, um vulto se levanta da poltrona e Óscar corre amedrontado de volta para o internato, com o relógio na mão.

Ele não tinha a intenção de levar o relógio, mas o enorme pavor que sentiu no momento fez com que se esquecesse de deixá-lo onde encontrou. Óscar tinha uma reputação e não era um ladrão, tratou de voltar ao casarão e devolver o objeto. De volta à mansão o garoto conhece Marina, uma menina que vive com o pai e um gato, na casa que um dia foi um lar feliz e cheio de alegria.

Marina e Óscar Drai se tornam próximos e percebem que têm em comum a vontade de descobrir coisas novas e desvendar mistérios. Um dia Marina o convida para um passeio ao cemitério e lá observam uma misteriosa dama de preto, que visita um túmulo que não tinha nome, apenas um símbolo - a borboleta preta. Movidos pela curiosidade e com intuito de conhecer mais sobre a enigmática mulher, eles a seguem e descobrem algo reveladamente assustador.

Ficou curioso?!? Então corre e leia Marina. Um livro curto, com menos de 200 páginas, mas extremamente completo e envolvente. A história é bem amarrada, a narrativa é excepcional e os personagens são bem construídos e cativantes. A dose exata de delicadeza e terror. Simplesmente extraordinário.


Espero que gostem da resenha e se deliciem com a história de Marina. Beijos!





segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Livros de Presente: o Natal chegou mais cedo por aqui!



          Meu presente para mim mesma (rs!) chegou mais cedo neste Natal: "Não conte a ninguém" - Harlan Coben, "Prisioneiros do inverno" - Jennifer McMahon e "Mentes Sombrias - da Alexandra Bracken. 

          Harlan Coben dispensa apresentações!. Estava ansiosa para conhecer outra obra do autor, depois de ler "Desaparecido para sempre" (resenha aqui). Adorei o modo como o autor conduz o mistério em seu livro. Quando achei que tinha sacado a história, Coben acrescentava outra pista e minha convicção ia por água abaixo.

          Ainda não li nada da autora Jennifer McMahon, mas o que chamou minha atenção neste livro, mais uma vez, foi o mistério que envolve a cidade de West Hall. Com fama de mal assombrada, a cidade coleciona vários desaparecimentos de seus moradores, ao longo de muito anos. Senti um atmosfera sinistra no ar. Mas em breve conto para vocês!

         "Mentes Sombrias" remete ao um ambiente distópico. O primeiro livro de uma trilogia, fala sobre crianças com poderes especiais que são tratadas como portadoras de uma doença muito grave. Uma delas, Ruby desconfia de que existe algo muito estranho em toda esta história e inicia um tipo de revolução. Como vocês puderem perceber, vem mais mistério por ai...!

          Fico por aqui...correr na leitura destes livros, para muito em breve discursar minha impressão sobre eles. Meu presente chegou cedo, será que termino antes do Natal?!? Fiquem ligados e logo saberão. Beijos

          

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Devaneios - Parte II


       Como havia prometido, aqui está a segunda parte da minha viagem à capital portenha. Espero que vocês se inspirem e possam se programar para conhecer esta belissima cidade: Buenos Aires!


Basílica Nuestra Señora del Pilar - Foto:Andréa Martins - Dreams



2º Dia

         Acordamos bem cedo e tomamos um café super especial no hotel. E aqui tenho que abrir outro parêntese: café da manhã no Hotel Querido!

        Quanto carinho, quanto cuidado! Em cada mesa estavam dispostas garrafinhas de suco de laranja. Achei super charmoso, um mimo. Salada de frutas preparada na hora, frios e as tradicionais "medialunas", um tipo de croissant sem recheio e para deixar mais saboroso mergulhávamos em "dulce de leche". Simplesmente delicioso!!! Eu super indico.



Café da manhã no Hotel Querido - Foto: Andréa Martins - Dreams
         Depois do maravilhoso desjejum (rs!) partimos para os Bosques de Palermo, mas precisamente no  Parque Rosedal. Nossa intenção era conhecer grande parte do bosque como o Jardim Japonês e o Planetário, mas foi impossível deixar de desfrutar cada canto do Rosedal. Não fui capaz de explicar com palavras como é estar neste lugar: rosas para todos os cantos que se olhe e o perfume...! Lugar mágico, lindo e exuberante. Diante de todos estes adjetivos passamos a manhã inteira nos deliciando com este paraíso.


Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Andréa Martins - Dreams
          Minha queridíssima amiga e também fotógrafa, Andréa Martins, registrou este e outros momentos em Buenos Aires. Ela traduziu sua sensação e emoção ao pisar neste lindo lugar: "Chegar ao Parque Rosedal em Buenos Aires foi simplesmente o momento mais emocionante de tudo o que vivi. Que perfume! O melhor de todos...o cheiro que eu queria sentir, do verde das árvores e da grama, o colorido das rosas belíssimas. Lembranças, respostas, reconhecimento, paz, felicidade, gratidão e muitas fotos!"
     
Foto: Andréa Martins - Dreams
Foto: Andréa Martins - Dreams

Foto: Andréa Martins - Dreams




Foto: Andréa Martins - Dreams

Foto: Andréa Martins - Dreams

           
Quando finalmente conseguimos partir do "Paseo El Rosedal" fomos a procura de um restaurante para recobrar as forças e voltar a realidade depois de um sonho lindo. 
 .
          E falando em restaurante, não é mito o que falam da carne argentina: super macia, quase se desmancha e muito, muito saborosa. Além de que é bem barato comer em Buenos Aires, apenas tenha em mãos um dicionário para traduzir o menu, a maioria dos garçons por lá não tem muito tato e facilidade em explicar que prato é aquele que você se interessou...hahaha!

Andréa Martins em Restaurante Scuzi....Que delícia! Foto: Arquivo Pessoal

Restaurante Scuzi  - Foto: Andréa Martins - Dreams

         Caminhando pelas ruas de Palermo nos deparamos com Restaurante Scuzi, ambiente moderno e clean, refeição maravilhosa e farta. E o vinho...Ô vinho!  Não se esqueçam, visitem o Parque Rosedal, Jardim Japonês e matem sua fome no Scuzi.

          Depois da comilança farta, partimos para a sobremesa. E quê sobremesa. Antes de viajarmos,  lemos muito sobre o famoso sorvete Fredo e claro estávamos ansiosas para experimentar. Outra super delícia de Buenos Aires que você não pode deixar de saborear quando for visitar a cidade. Embora que, qualquer sorvete de Buenos Aires é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O. Vai por mim...(rs!)

          Seguimos para nossa próxima parada: Floralis Genérica uma gigante obra de arte em formato de flor localizada na Plaza de las Naciones Unidas, bem ao lado da Faculdade de Direito, na Recoleta. A escultura metálica é espetacular, ela possui um sistema elétrico que faz com que as pétalas se abram ao amanhecer e se fecham quando a noite chega. Rende boas fotos. 

Floralis Genérica - Foto: Andréa Martins - Dreams

          Passeando pelas ruas da recoleta chegamos ao cemitério um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires...isso mesmo! O lugar é famoso por que lá estão sepultadas algumas personalidades da Argentina, como Evita Perón. Além disso a maior parte dos túmulos são verdadeiras obras de arte. Uma curiosidade do "Cemitério de la Recoleta": os caixões não são enterrados, eles ficam acima da terra dentro dos mausoléus e podem ser vistos pelos visitantes. É estranho, mas vale para conhecer.

Cemitério Recoleta - Foto: Arquivo Pessoal

       E assim foi nosso 2º dia em Buenos Aires. O sonho virou realidade...tão boa esta sensação. Mas não acabou por aqui, semana que vem tem mais. Espero vocês. Beijos!



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Caminhada - Meus Devaneios


Caminhe e não olhe para trás,
Eles estarão lá, incentivando-a a voltar.

Caminhe e leve consigo sua bagagem:
Suas dores e alegrias. Seus amores e fotografias.

Caminhe, não pare de caminhar.
Seus pés também bombeiam a seiva da vida.

E a vida segue,
Numa caminhada infinita.
A busca pela felicidade,
Na arte de seguir em frente.






terça-feira, 25 de novembro de 2014

Resenha: A improvavel jornada de Harold Fry

Ficha do livro


Título: A improvável Jornada de Harold Fry
Autor: Rachel Joyce
Editora: Suma
Páginas: 243 



          

          




          
          Harold Fry um sexagenário aposentado, recebeu uma carta da ex-colega de trabalho Queenie Hennessy, na mensagem ela dizia que, devido um câncer, passaria seus últimos dias numa casa de repouso. Havia 20 anos que Fry vira Queenie pela última vez e se lembrava dela com carinho. Por isso decidiu responder a carta da amiga e a caminho dos correios, tomado por um impulso, ele resolveu fazer uma peregrinação e entregar pessoalmente sua resposta à Queenie.

          Harold acredita que de alguma forma sua peregrinação vai ajudar Queenie a sobreviver, ele só tem que continuar andando enquanto ela continua lutando. Durante a caminhada, ele encontrará pessoas que o relembrarão de seus sonhos, dos seus erros e, acima de tudo, esta jornada vai deixar uma trilha de pessoas que lhe darão forças para seguir em frente, provando que a fé pode ser o melhor remédio.

               Na verdade Harold Fry estava insatisfeito com sua vida – presente e passado – e sentiu que precisava fazer alguma coisa que desse sentido a ela. O que ele não podia imaginar é o quanto a jornada transformaria sua vida, fazendo o refletir sobre os acontecimentos marcantes da sua vida desde a infância até aquele momento.

            "A improvável Jornada de Harold Fry" fala principalmente de amor e perdão, dor e solidão. Nos faz refletir sobre grandes e pequenos acontecimentos da vida e como lidamos com cada um deles. Muitas vezes nos esquecemos como a vida pode ser curta e o quanto aproveitamos dela enquanto vivos.

        Apesar da bela mensagem, do título encantador a jornada de Harold não me conquistou. A construção da história foi cansativa e entediante. Foi pobre em fatos interessantes ou reveladores, uma narrativa nada cativante.

          Geralmente devoro livros em questão de dias, mas este levou algumas semanas para terminar. O livro recebeu muitas críticas positivas, sabemos muito bem o quão relativo pode ser o gosto literário, por isso talvez o que eu não goste você possa amar. Ao menos o final do livro valeu por ter persistido até a última página.

         Pelo título e pela capa o livro prometia uma boa história, mas na verdade a leitura para mim foi entediante.

         Mas se você se interessou pela resenha não deixe de ler o livro, deixe sua opinião nos comentários, principalmente ser for diferente da minha. 



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Buenos Aires: Impressões, Sensações e Desvaneios - Parte I



Buenos Aires - Foto; Dreams
          "Depois que você faz sua primeira viagem ao exterior, não quer mais parar". Todo mundo me dizia isto, mas não acreditava. Até que depois da minha primeira viagem ao exterior, a vontade de conhecer outros países só cresceu. Não que o Brasil não tenha lugares maravilhosos, têm muitos lugares por aqui que quero visitar. Mas não tem como negar o quão rica é uma viagem internacional: costumes, idioma, diferenças culturais, jeito de vestir... Nossa, a lista é longa!

          Sempre tive curiosidade em conhecer uma cidade latino americana e Buenos Aires foi a escolhida. Uma amiga já havia visitado a capital portenha e seus comentários me encantaram. Por tudo isso precisava voar até lá e conferir de pertinho a belíssima Buenos Aires. Convido vocês a conhecerem comigo, vamos lá? 


Preparativos

          Partimos no dia 15 de outubro e retornamos no dia 19. O período foi curto e corrido, aconselho para quem pretende visitar a cidade se programar para pelos menos 7 dias. Assim você poderá saborear cada preciosidade que Buenos Aires tem a oferecer. Minha intenção é voltar para aproveitar mais e assim conhecer lugares além dos pontos turísticos badalados.

          A principal preocupação, além do que levar na mala, foi qual moeda levar? Como todos sabem o país passa por uma crise séria e a moeda no país (peso) está muito desvalorizada. Fizemos muitas, muitas e muitas pesquisas na internet. Decidimos então levar dólares e reais já que são bem aceitos na cidade. Lá trocamos pesos com o pessoal do hotel, mas você pode trocar no próprio aeroporto - Banco Nación - que fazem câmbio à cotação oficial. Não aconselho trocar moedas em lugares sem referência, existem muitos oportunistas tanto para vender por uma cotação menor quanto para trocar por notas falsas. Muita atenção!

          Outro item essencial é a calculadora (que pode ser do celular). Estávamos operando com três moedas e antes de comprar qualquer coisa é interessante fazer as contas e analisar se a compra realmente vale a pena.

          Para viajar para Buenos Aires não é preciso passaporte, pois o RG vale para entrar no país, mas precisar estar em boas condições, de preferência com foto recente. Ao dar entrada com o RG, você receberá um documento de permanência no país. Guarde-o com muito cuidado por que você precisará dele para sair da Argentina.


Onde ficamos



Recepção Hotel Querido - Foto: Dreams


          Nas nossas pesquisas pela internet o bairro da Recoleta era o mais indicado já o centro da cidade o menos indicado. Ficamos na aconchegante Villa Crespo, pronuncia-se "bitcha crespo", e nos hospedamos no Hotel QueridoAlém do hotel ser super charmoso, sua equipe super simpática e atenciosa, o atendimento é todo em Português!!! Confesso que foi o principal motivo de nos hospedarmos lá, mas desde o primeiro momento até o embarque final não tivemos motivos de nos arrependermos da nossa estadia.



          O bairro guarda a essência tipicamente portenha e abriga os famosos outlets de grandes marcas, além de cafés charmosos e ótimos restaurantes. O hotel está a 8 quadras (10 minutos de caminhada) de Palermo Soho, o bairro badalado da moda em Buenos Aires, que oferece a melhor gastronomia e as lojas mais interessantes da cidade.



1º Dia

          Já no dia do nosso embarque programamos conhecer a 
Milonga Maldita. Ao invés de um show convencional de tango, preferimos apreciar como os argentinos de carne e osso dançam a sensual e belíssima dança. E mais uma vez não nos arrependemos.

          Antes de qualquer coisa, um parêntese: táxis em Buenos Aires.

        É muito fácil e barato andar de táxi na cidade, mas é bom prestar atenção a alguns detalhes para não passar nenhum apuro:

- chame apenas por táxis vinculados à alguma empresa (geralmente possuem luminosos no teto ou propagadas nas laterais do carro);
- tenha sempre notas trocadas de 10 e 20 pesos (para não ter sua nota de 100 trocada por uma de 10);
- dê o endereço incluindo as ruas transversais ( "Juan Velasco" com "Thames");

          O hotel Querido indica taxistas parceiros para fazer o traslado do Aeroporto/Hotel por um preço fechado previamente. Vale a pena. Já optando por taxistas sem referência você poderá pagar bem caro pelo trajeto.

          Voltando à Milonga Maldita. O lugar é bem simples, porém a diversão é garantida. Chegamos por volta das 21hs no local, que é o horário em que começa a aula de tango!!! Forma-se um círculo e os professores passam as instruções básicas sobre a dança, em espanhol. 
Descobrimos uma "infiltrada" brasileira no grupo que auxiliava os principiantes tupiniquins em português. 

          A aula foi muita divertida! Depois das instruções básicas, os professores solicitavam que formássemos pares e praticássemos o aprendizado. Foi hilário! Há quem dançasse bem, mas também quem não dançava nada (tipo eu!) o que rendeu muitas risadas. Dancei com alemão, argentino, canadense e um holandês...gostei muito! Recomendo.

          Depois do curso básico o espaço é liberado para os casais dançarem tango ao som da orquestra "El Afronte" (no final do post tem vídeo com trecho do show). Vou contar para vocês o show é espetacular. Impressionei-me com a banda que tocava divinamente bem, fazendo com que a música tocasse nossa alma. Maravilhoso
! Vale muito a pena assistir ao espetáculo.



Tango na Milonga Maldita - Foto: Arquivo Pessoal
          O tango é uma dança onde a sensualidade, o drama e a paixão dão o tom: corpo no corpo, rosto no rosto, semblantes profundos, mas sem vulgaridade. Fiquei impressionada com o modo que os casais "normais" se envolvem durante a dança. Me deu até vontade de aprender a dançar tango, mas isso é outra história (rs!). 

          Uma curiosidade: os casais trocam de pares e dançam com a mesma profundidade, não  ciúmes ou mão boba. As pessoas estavam lá para se divertirem, para se embalarem ao som contagiante da orquestra. Lindo de se ver!

          Se você for aprender a dançar tango na Milonga Maldita não deixe de experimentar a empanada napolitana como uma bela taça de vinho. Acredite a diversão vai ser mais que garantida (rs!). Digo isso por que o vinho de lá sobe com uma rapidez...! Mas é deliciosamente gostoso. O primeiro gole desce esquisito, mas logo você se acostuma ao paladar e pode saborear melhor. Amei minha primeira noite em Buenos Aires!


          Então é isso, ai está a primeira parte da minha viagem para Buenos Aires. Tive que dividir o post, se não ficaria enorme! A segunda parte será publicada na próxima semana. Não percam!


         Espero que tenham gostado. Beijos!





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